25 de set. de 2009

Capítulo 1 - Olá, prazer.


Chamo-me Jacques. Nasci em Paris, em 1903. Tenho uma irmã gêmea, nós dois somos vampiros, pois somos filhos de dois vampiros. Minha mãe morreu quando nascemos, vampiras não foram feitas para serem mães, na época, era mais difícil do que agora, e ela perdeu muito sangue. Vampiras não podem perder muito sangue. Eu não sei muito sobre ela, sei que seu nome era Marie Chantal, que era francesa, e era jovem - para uma vampira. Sei que ela não nasceu vampira, como eu e minha irmã, ou meu pai. Ela foi transformada. Não sei como, nem por quem.

Meu pai nasceu vampiro, e sua mãe teve mais sorte do que a minha, ela já era uma vampira mais antiga, eu não sei quantos anos ela tem. Devem ser muitos. Meu avô, sei que era humano. Para entender essa coisa de nascer vampiro, você tem que entender o vampirismo como uma espécie de código genético, o vampirismo é quase como se fosse recessivo ao humano, muito raramente um vampiro e um humano terão um filho vampiro. Meu pai foi um dos "felizardos". Eu, não tinha saída, pai e mãe vampiros, só podia ser assim.

Meu pai ficou arrasado com a morte da minha mãe. Minha avó diz que ele nunca mais foi o mesmo. Eu não sei, não conheci ele antes disso, eu e minha irmã fomos criados pela minha avó, basicamente. Meu pai começou a trabalhar demais, ele abriu uma empresa de fins "biológicos" (depois eu falo disso). E também acabou se envolvendo com política - não política de humanos.. (depois falo disso também). Eu e minha irmã nunca o víamos, e isso não mudou muito.

Em 1991, meu pai conheceu uma humana, em Paris também - moramos em muitos lugares entre isso, mas, sempre acabamos em Paris - Ela era brasileira, e estava na França de férias, descendente de ciganos e italianos. Meu pai se encantou por ela - ou é o que eu prefiro acreditar - acabamos nos mudando para o Brasil, Porto Alegre. Desde então, sou gaúcho, e me chamo Tiago.

Em 1994, minha madrasta teve uma filha, minha irmã mais nova, sortuda, nasceu humana. Minha madrasta acha que é a Barbie. Vive no salão de beleza, e fazendo plásticas e tratamentos. Eu acho que ela tenta se manter jovem para meu pai. Minha avó está com o físico de uma humana de setenta anos, e está namorando um humano de quarenta e sete.

Esse é só o começo, se quiser, pode acompanhar esse diário e, quem sabe, desvendar os mistérios da "semi-vida" vampírica, não que eu ache que tem algo de interessante nisso. Talvez você fique surpreso de conhecer o governo dos vampiros - sim, alguém precisa manter a ordem - ou o porque de precisarmos de sangue, ou as loucuras da minha família, bem, volte aqui mais vezes.

Prólogo

Olá. Meu nome é Jacques. Eu sou um vampiro.

Eu não me transformei em vampiro, nasci assim. Sim, criatura, isso acontece. Você está surpreso, por que está imaginando famosos personagens; Drácula, Lestat, Edward... Bem, vou lhes dizer uma coisa: a ficção é muito mais interessante do que a realidade (o que não deve ser novidade nenhuma para você, mero mortal). Na verdade, vampiros não têm super-poderes. Eu não sei de onde tiraram que uma criatura meio morta pode ter super velocidade, super força, e super sei-lá-mais-o-que. Eu não tenho problemas com alho, crucifixos, prata... Você pode ver meu reflexo em espelhos. Eu não sou imortal. Eu não me transformo em morcego. Não viro pó na luz do Sol, e principalmente, não brilho como um monte de purpurina.

Pomba, Jacc, então, o que diabos é real? Eu me curo mais rápido que um humano. Tenho um poder de persuasão interessante. Não gosto dos dias, prefiro as noites. Não durmo. Nunca. Sou pálido, tenho olheiras.  Existem muitas outras habilidades que um vampiro pode ter, mas, eu não tenho. Digamos que eu sou meio "fraco". Ah, é claro, não posso me esquecer, a vida mais longa que a de um humano, e, o sangue. Ah... o sangue... Você ainda vai ouvir falar muito dele aqui.